Já estamos na semana da tão aguardada Black Friday.
Com uma data tão especial para as marcas e os consumidores chegando, não poderíamos deixar de preparar alguns conteúdos especiais para ajudar os empreendedores que desejam participar desse evento, não é mesmo?
Para continuar a série de matérias da Black November, o convidado da vez é Elcio Santos, CEO da Always On Ciência e Engenharia de Dados, escreveu um artigo falando sobre a importância do Varejo 3.0 e da Ciência de Dados e o resultado surpreendente que essa combinação pode gerar.
● Um supermercado que entrega ofertas personalizadas para cada um dos seus clientes.
Não apenas através dos canais digitais mas automaticamente durante a transação no caixa — aumentando as vendas, visitas de compras e retenção de clientes.
● Um portal de marketing colaborativo em que os parceiros criam conteúdo e promoções.
Tudo para diferentes segmentos de compradores, medindo a eficácia de cada ação e de cada canal.
● Um novo modelo de distribuição que fornece visualizações em tempo real do movimento de estoque, desde a fabricação até a doca de entrega da loja.
E obtém reduções de custo significativas por meio da aceleração do ciclo de distribuição, redução do estoque e criação de novas eficiências no nível da loja.
● Um sistema de última geração que torna os dados dos compradores acionáveis e cria automaticamente extensas segmentações de compradores.
Obviamente com base no comportamento e obtém um ROI aprimorado, integrando o gerenciamento tradicional de categorias de produtos com a gestão de categorias de clientes.
● Serviços de marketing móvel baseados em tempo e localização, capazes de comunicar uma promoção na hora do almoço ao celular de um comprador a um quilômetro de distância da loja ao meio-dia.
O sistema então passa a fornecer promoções de marketing com base em onde o comprador está na loja.
● E imagine o que acontece quando você começa a conectar essas peças aparentemente díspares, quando você começa a alavancar as sinergias que podem ser criadas em toda a cadeia de suprimentos.
Tanto na eficiência do produto quanto na eficácia do marketing – tudo com o comprador individual como foco.
Nesse novo ecossistema, o foco é o comprador individual.
Ele é construído com sinergias de marketing e cadeia de suprimentos em tempo real, montadas sobre uma base de dados de transações identificadas.
E isso requer a integração de canais online e offline, logística e dados através de uma cadeia de valor.
A estratégia de abordagem, portanto, deixa de ter a ver com o canal de interação e passa a se focar de fato no cliente.
Deixa de haver uma jornada de compra do cliente abstrata e passa a ser importante conhecer a jornada de compra concreta de cada cliente.
E, assim, a eficácia da abordagem vai depender exclusivamente do quanto estejamos preparados para usar disciplinas como Data Analytics e Ciência/Engenharia de Dados.
É um casamento perfeito, com resultados impressionantes.
Quando se trata de um varejo de nicho, segundo a experiência da consultoria Company Expert, ter os dados sobre quem é e como se comporta o seu cliente pode resultar em faturamentos altos.
E mesmo quando se trata de um varejo de massa, onde a briga costuma se dar na arena do desconto e cada centavo conta, as iniciativas dirigidas por dados têm apresentado um índice de crescimento a 3%.
Isso é algo que era até então inédito, nas palavras de Stacey Widlitz, presidente da SW Retail Advisors, ao analisar o crescimento das vendas da Target – 3,4% – comparado ao dos concorrentes.
Como garantir que o Varejo 3.0 atinja os objetivos
Não basta ter as ferramentas certas, é preciso estruturar todos os processos e rotinas a partir de uma nova mentalidade, em que o cliente é de fato rei e sua vontade soberana.
Nesse sentido, é importante dominar as chamadas tecnologias-chave.
Uma experiência de compra omnicanal se estende da loja física à navegação móvel, comércio eletrônico, vitrines no local, mídia social/digital e outros canais cruzados.
De acordo com um estudo apresentado no Customer Think.com, as empresas que implementaram uma abordagem omnicanal obtiveram benefícios cruciais para o seu sucesso a longo prazo – aumentaram a retenção dos seus clientes em 89% e o faturamento anual em 9,6%.
É preciso estar preparado para lidar com assistentes de voz, assistentes robóticos, entrega via drones e, principalmente, com os chamados customer chatbots.
Eles oferecem suporte instantâneo e 24/7, para buscas de informação, rastreamento de pedidos, gerenciamento de reclamações e pós-venda.
Além disso, conectados com o CRM das empresas, podem garantir uma experiência personalizada.
A Cars24, que vende carros usados online, usa um chatbot para responder a perguntas frequentes, como a idade do veículo, para diminuir o estresse nos contact centers.
A iniciativa reduziu as despesas com o call center em impressionantes 75%. Além disso, a interação com o chatbot resulta em 1/3 das vendas.
Os varejistas atualmente já lidam com sensores de segurança, sensores para rastrear o status do estoque à venda (temperatura, força, etc.) e monitoramento de rede.
Agora, precisam lidar também com outros dispositivos com tecnologia para rastrear a jornada digital do cliente e beacons, adaptando o processo de compra a cada comprador individual.
Assim, os clientes podem receber ofertas personalizadas, assistência para encontrar produtos e checkout fácil – e aumentam a propensão a gastar mais em cerca de 40%, segundo a consultoria Built.In.
A partir dos dispositivos anteriores, será possível saber quando clientes específicos estão na loja e disparar, por exemplo, alertas em tempo real para que um funcionário vá até um local da loja para auxiliar um cliente.
Na Regent Street, em Londres, cerca de cem varejistas instalaram sensores que acionam ofertas personalizadas por meio de um aplicativo cooperado.
Essa combinação de ‘geofencing’ e inteligência artificial (para personalizar ofertas) aumentou a venda em 7,4%.
São máquinas que oferecem mecanismos para os clientes completarem suas transações sem precisarem usar as caixas tradicionais.
É fundamental implementar checkouts baseados em aplicativos móveis, em reconhecimento facial e outras tecnologias de simplificação dos processos de compra.
Um estudo sobre experiências de self-checkout descobriu que quase metade dos clientes usará o self-checkout quase exclusivamente quando estiver disponível.
Esse modelo que basicamente permite comprar na loja e receber em casa.
Além de, comprar online e retirar na loja, comprar online e devolver na loja, comprar na loja e devolver pelo correio, como lojas de conveniência e armários.
As vendas nesse modelo nos Estados Unidos devem crescer 19,4% em comparação com 2021.
As experiências internacionais – Três varejistas internacionais:
Future Group (Easyday), Índia, China, e Amazon – partiram na frente e já estão colhendo os frutos dessa autêntica revolução no relacionamento com o cliente.
Parece até um Fla-Flu: duas torcidas fanatizadas, desfraldando suas bandeiras pró e contra a inteligência artificial. De um lado, aqueles...