Desde 2018, uma onda começou a varrer o mundo.
Em sua crista, um conceito chamado transparência que deu aos usuários mais poder de controle sobre seus dados e, na esteira, a necessidade das empresas se estruturarem para cumprir as normas legais, inclusive aumentando a cibersegurança.
Naquele ano, a GDPR (General Data Protection Regulation), ou Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, foi implementada na Europa.
Na sequência, vieram outras leis e regulamentos, como é o caso da nossa Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD que foi aprovada em 2018 e entra em vigor agora em agosto de 2021.
É surpreendente, portanto, perceber que parte das empresas — até mesmo aquelas que se definem como “customer centric”, utilizando data analytics para chegar o mais próximo possível deste objetivo desafiador — ainda não esteja preparada para cumprir as exigências legais, considerando principalmente que “governança” é uma palavra chave no ambiente corporativo, porque tem a ver com possuir controle dos recursos, das operações e, em alguma medida, dos resultados.
E, nesse sentido, uma das abordagens mais decisivas atualmente é a Governança de Dados.
É o nome que se dá ao processo como um todo e aos procedimentos que as organizações usam para gerenciar, utilizar e proteger seus dados.
Nesse contexto, o termo “dados” pode significar todos ou um subconjunto dos ativos digitais e/ou impressos de uma empresa.
Na verdade, definir o que o termo significa para uma organização é uma das melhores práticas de Governança de Dados.
Depois de definir os dados, você pode fazer um brainstorming de todas as maneiras de usar seus dados para desenvolver seus negócios.
Pense na Governança de Dados como quem, o quê, quando, onde e por quê sobre os dados da sua organização.
Outro aspecto da governança de dados é proteger os dados privados da empresa e do cliente, o que deve ser uma tarefa de alta prioridade para as organizações nos dias de hoje em que violações de dados foram ocorrências quase diárias em 2019.
Um programa de Governança de Dados cria controles para proteger os dados e ajudar as organizações a cumprir os regulamentos de conformidade – entre os quais, por exemplo, a LGPD.
Para dizer a verdade, a maioria das empresas tem alguma governança de dados, mas isso normalmente ocorre em um nível muito elementar e desestruturado, porque implementar uma política mais robusta de gerenciamento é um desafio.
Estamos dispostos a ajudar você a compreender e superar esse desafio, porque acreditamos que é cada vez mais importante a gestão da informação de maneira estratégica e data driven.
E, para isso, é fundamental estruturar uma framework de Governança de dados.
Acho melhor explicar isso contando uma história.
Imagine que você está trabalhando em um projeto que envolve uma série de países no valor de aproximadamente US $125 milhões, cujo objetivo é colocar um robô de exploração em Marte.
Tem muita inteligência, incluindo inteligência artificial, envolvida num projeto desta dimensão.
Agora imagine que, assim que o veículo que leva o robô aproxima-se do solo do planeta vermelho, ele explode.
Essa história não é ficção.
Foi exatamente o que aconteceu com o primeiro Mars rover, em 1999.
A causa raiz dessa falha catastrófica?
Uma das equipes usou o chamado sistema imperial – polegadas, pés, jardas e milhas — em vez do sistema métrico.
Está rindo?
Pois a NASA não achou graça nenhuma.
Uma rápida análise deixou claro que o fracasso do projeto devia-se 100% à falta de um plano de governança de dados.
Mea culpa feita, a agência espacial tomou as medidas necessárias, implementando um padrão de governança de dados e agora Marte tem uma feliz e crescente população de robôs — cinco, para ser preciso: Sojourner, Spirit and Opportunity, Curiosity e Perseverance.
Esse é um exemplo simples de como a governança de dados e um pouco de big data analytics podem ajudar sua organização a ter sucesso.
Um plano de governança de dados também pode ser uma vantagem competitiva conforme uma empresa expande seus negócios.
Os negócios modernos são executados com base em dados (muitas vezes organizados em um poderoso data warehouse), portanto, sem planejamento e inteligência de negócios adequados, ela ficará atrás de seus concorrentes e poderá perder de vista que:
Existem muitos prós na implementação de um plano de governança de dados. Eis alguns deles:
Onde há prós, sempre há contras.
Existem vários desafios que você encontrará ao estabelecer um plano de governança de dados:
Existem vários modelos de framework de governança de dados, mas todos seguem as mesmas fórmulas básicas. Cada framework define diferentes controles que as organizações precisam implementar e funções para os executivos e analistas assumirem a fim da máquina de governança de dados funcionar sem problemas.
O CDO é o líder da estratégia de governança de dados da empresa, e a contratação de um CDO mostra o compromisso com os dados e a adesão do topo para levar um programa de governança de dados a sério.
É um cargo que vem crescendo rapidamente nos últimos anos.
As empresas estão começando a entender a importância de gerenciar dados e implementar um framework de governança de dados, e isso significa contratar um CDO.
Proprietários de dados são as pessoas que têm responsabilidade direta pelos dados.
Eles estão envolvidos na proteção e qualidade dos dados como um ativo comercial.
Um proprietário de dados estará na equipe que usa os dados.
Por exemplo, um membro da equipe de finanças deve ser o proprietário dos dados dos dados da equipe de finanças.
Os proprietários dos dados sabem quem em sua organização deve ter acesso aos seus dados, e fornecer a eles as ferramentas de que precisam para gerenciar e auditar o acesso aos dados é uma boa governança de dados.
São os campeões de sua estratégia de governança de dados.
Eles se reúnem com os proprietários de dados e aplicam políticas e procedimentos de governança de dados, bem como treinam novos proprietários de dados e funcionários na governança de dados.
O Comitê de Governança de Dados define políticas e procedimentos para governança de dados.
Esse comitê trabalha com o CDO para estabelecer quem, o quê, quando, onde e por quê da governança de dados.
Mas atenção: a governança de dados não é apenas uma função do CDO e dos outros citados acima — toda a organização deve estar integrada.
Além disso, é importante definir quais dados são importantes para o seu negócio, tanto do ponto de vista de conformidade e privacidade quanto operacional.
Esses são os dados nos quais você concentrará suas políticas de governança de dados.
Acima de tudo, é importante que toda a organização saiba o motivo pelo qual cada funcionário deve se preocupar com os dados.
Só ao entender claramente isso sua equipe irá abraçar a governança de dados.
E isso não é tão simples.
É difícil fazer com que grandes equipes aceitem um novo procedimento.
Não vai servir dizer a eles que é “para estarmos em conformidade e não sermos multados” ou “para entendermos melhor nossos clientes” ou “otimizar nossa capacidade de produção”.
Seja qual for o motivo, mantenha a mensagem para sua equipe clara e consistente.
As pessoas não gostam de mudar ou sentem que estão sendo informadas sobre como fazer seu trabalho.
Automação e tecnologia podem ajudar sua empresa a prosperar com governança de dados e limitar o impacto em seu pessoal e produtividade.
A consultoria Gartner define sete princípios para uma boa governança de dados.
Alinhe a governança de dados com uma meta ou resultado de negócios.
Você precisará de um processo de análise de dados implementado, para que possa medir o progresso e os resultados.
Certifique-se de que sua equipe esteja de acordo com sua estratégia de governança de dados e mantenha o CDO, os administradores de dados, os proprietários dos dados e os funcionários responsáveis.
Defina claramente quem pode tomar decisões sobre seus dados.
Você pode confiar em todas as suas fontes de dados?
Você está no controle de seus dados ao longo de sua vida útil?
Um modelo confiável de governança de dados é construído mecanicamente para dar conta de um ecossistema de dados distribuído.
Dito isso, você deve se esforçar para entender o histórico e a linhagem de suas entradas de dados para que possa gerenciar as expectativas e os resultados.
Mantenha a análise de dados sobre governança de dados aberta e visível, com processos de tomada de decisão bem estabelecidos, para que resista ao escrutínio externo.
São dois fatores importantes para as empresas se engajarem na governança de dados.
Eles devem ser considerados além de quaisquer resultados de negócios.
Você tem um programa para treinar proprietários de dados e funcionários nos princípios básicos de governança de dados?
Você treina novos administradores de dados?
Estabeleça um programa de treinamento contínuo para manter a governança de dados em foco.
Sua equipe vê a governança de dados como um mandato de cima para baixo ou um esforço colaborativo para construir o negócio e manter os dados seguros?
Essas sete áreas podem ajudá-lo a manter o foco nas metas e informar como você vai operar a governança de dados.
E a sua empresa, ela implantou ou pretende implantar um framework de Governança de Dados?
E em relação à LGPD, se olhar pelo retrovisor você está vendo essa lei se aproximar, com ar ameaçador?
Seja como for, acho que vale a pena aprofundar mais o assunto.
Envie um e-mail para descomplicando@aodigital.com.br e solicite o infográfico que preparamos, “8 PRÁTICAS RECOMENDADAS DE GOVERNANÇA DE DADOS”.
Vale a pena também uma conversa.
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